Como cobrar juros do cliente? Dicas e cálculo

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Cobrar juros do cliente é uma forma de garantir o recebimento dos valores devidos e de compensar o atraso no pagamento.

No entanto, essa prática deve ser feita com cuidado e respeito, para não prejudicar o relacionamento com o consumidor e evitar problemas jurídicos.

Por isso, nesse conteúdo, vamos explicar como cobrar juros do cliente de forma correta e eficiente. Confira!

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O que são juros?

Juros são uma remuneração pelo uso do dinheiro alheio. Quando um cliente compra um produto ou serviço a prazo, ele está utilizando o dinheiro do fornecedor, que deixa de receber o valor à vista.

Por isso, é justo que o fornecedor cobre uma taxa pelo tempo que o cliente leva para pagar.

Mas os juros também podem ser uma forma de taxa cobrada pelo atraso no pagamento de uma dívida.

Os juros são uma forma comum do credor ser recompensado pelo empréstimo do dinheiro e assumir o risco de não receber o valor emprestado de volta.

No entanto, há um debate sobre a ética da cobrança de juros, especialmente em situações em que as taxas são consideradas excessivamente altas ou exploradoras.

Em alguns casos, os governos estabelecem limites para a taxa de juros que pode ser cobrada em empréstimos ou dívidas, a fim de proteger os consumidores.

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Quais são os tipos de juros?

Antes de saber como cobrar juros do cliente, você precisa entender que existem diversos tipos de juros que podem ser aplicados em empréstimos, investimentos ou dívidas.

Contudo, para um lojista, por exemplo, são dois tipos principais de juros: os juros simples e os juros compostos, com um espacinho também para os juros de mora.

Vamos ver a seguir um pouquinho mais sobre esses e outros tipos conhecidos de juros.

  1. Juros simples: Os juros simples são calculados como uma porcentagem fixa do valor do empréstimo ou investimento original. Por exemplo, se uma pessoa empresta R$ 1.000 com uma taxa de juros simples de 10%, ela pagará R$ 100 em juros no final do período.
  2. Juros compostos: Os juros compostos são calculados sobre o valor principal do empréstimo ou investimento, bem como sobre os juros acumulados. Em outras palavras, os juros compostos são juros sobre juros. Isso significa que, à medida que os juros se acumulam, o valor total da dívida ou investimento aumenta mais rapidamente. Por exemplo, se uma pessoa investe R$ 1.000 em uma conta de poupança com juros compostos de 5% ao ano, o valor total do investimento aumentará para R$ 1.276,28 após 10 anos.
  3. Juros fixos: Os juros fixos são uma taxa de juros que permanece constante ao longo do período do empréstimo ou investimento. Isso significa que a taxa de juros não muda, independentemente de mudanças na economia ou no mercado financeiro.
  4. Juros variáveis: Os juros variáveis são uma taxa de juros que pode mudar ao longo do período do empréstimo ou investimento. Isso pode ser baseado em fatores como a taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central, a inflação ou a avaliação de risco do tomador de empréstimo.
  5. Juros de mora: Os juros de mora são cobrados quando uma pessoa atrasa o pagamento de uma dívida. Esses juros são geralmente mais altos do que as taxas de juros normais e são projetados para incentivar o pagamento pontual da dívida.
  6. Juros de cartão de crédito: Os juros de cartão de crédito são uma forma comum de juros compostos, que são aplicados a saldos não pagos em uma conta de cartão de crédito. As taxas de juros de cartão de crédito podem ser muito altas e, se não forem pagas pontualmente, podem levar a um acúmulo significativo de dívidas.

Como calcular os juros?

Para calcular os juros simples, basta multiplicar o valor da dívida pela taxa de juros e pelo número de períodos de atraso. Por exemplo, se um cliente deve R$ 1.000,00 com uma taxa de juros de 2% ao mês e está atrasado há 3 meses, os juros simples serão:

J = 1.000 x 0,02 x 3

J = 60

Portanto, o valor total da dívida será de R$ 1.060,00.

Para calcular os juros compostos, basta aplicar a fórmula:

M = C x (1 + i)^n

Onde:

M = montante final

C = capital inicial

i = taxa de juros

n = número de períodos

Usando o mesmo exemplo anterior, os juros compostos serão:

M = 1.000 x (1 + 0,02)^3

M = 1.000 x 1,0612

M = 1.061,20

Portanto, o valor total da dívida será de R$ 1.061,20.

👉 Leia também: Quem paga o IPI na nota fiscal, o comprador ou o vendedor?

Como cobrar juros do cliente?

Agora que você já sabe quais são os principais tipos de juros e como calcular, vamos ver algumas dicas para te ajudar a cobrar a dívida dos juros junto aos consumidores.

Para cobrar juros do cliente, é preciso seguir alguns passos:

  1. Informar previamente ao cliente sobre as condições de pagamento e as consequências do atraso;
  2. Emitir uma nota fiscal ou um contrato que especifique os valores, as datas e as taxas de juros;
  3. Enviar lembretes ao cliente antes do vencimento da dívida e após o atraso;
  4. Negociar com o cliente uma forma de quitar a dívida, oferecendo descontos ou parcelamentos;
  5. Recorrer a meios legais, como protesto em cartório, cobrança judicial ou inclusão no cadastro de inadimplentes.

Lembre-se que o juros serão aplicados nos boletos ou no contrato, mas as condições deverão ser definidas e informadas antecipadamente ao consumidor.

Quanto posso cobrar de juros do cliente?

A resposta para essa pergunta depende do tipo de transação que você está realizando e do tipo de cliente que você está cobrando. Existem diferentes regras para relações de consumo, relações comerciais e relações civis.

Para relações de consumo, ou seja, quando você vende um produto ou serviço para um consumidor final, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que a multa por atraso no pagamento não pode ser maior que 2% do valor da dívida. Já os juros de mora devem ser cobrados a, no máximo, 1% ao mês.

Para relações comerciais, ou seja, quando você vende um produto ou serviço para outra empresa, não há uma lei específica que limite os juros e a multa por atraso.

Nesse caso, prevalece o que foi acordado entre as partes no contrato ou na nota fiscal. Porém, é recomendável que os valores sejam razoáveis e proporcionais ao mercado, para evitar abusos e questionamentos judiciais.

Quais são as vantagens e desvantagens de cobrar juros do cliente?

Além de saber como cobrar juros do cliente, você também precisa estar ciente que a prática pode trazer algumas vantagens e desvantagens para o fornecedor.

Vantagens

  • Incentiva o pagamento em dia;
  • Compensa a perda de poder de compra do dinheiro;
  • Aumenta a rentabilidade do negócio;
  • Reduz o risco de inadimplência.

Desvantagens

  • Pode gerar insatisfação e conflito com o cliente;
  • Pode afastar futuras compras ou indicações;
  • Pode resultar em processos judiciais ou multas;
  • Pode exigir mais tempo e recursos para a cobrança.

E aí, gostou de saber essas informações de como cobrar juros do cliente? Cobrar juros do cliente é um direito do fornecedor, mas também uma responsabilidade. É preciso fazer isso com transparência, ética e respeito, buscando sempre preservar o bom relacionamento com o consumidor e evitar problemas legais.

Além disso, é importante ter uma boa gestão financeira e um controle rigoroso das contas a receber, para evitar a dependência dos juros e garantir a saúde financeira do negócio.

E aí, gostou de saber como cobrar juros do cliente e as aplicações legais disso? Esperamos que sim.

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Michele Fernandes

Editora do blog da Inventa, com mais de uma década de experiência na área de comunicação. Especialista em estratégias de conteúdo voltadas para o mercado B2B, com foco em empresas de tecnologia.

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